Imagine que você está em plena crise de enxaqueca e não sabe mais o que fazer e o que tomar para melhorar. No início, sua dor era mais leve e você conseguia resolver facilmente com um paracetamol ou dipirona, mas, agora tudo mudou e as dores só aumentaram. O que fazer?

O primeiro passo é não se desesperar, manter a calma é importante na hora de resolver um problema como esse, e o segundo passo é saber o que NÃO tomar durante uma crise.

TRAMADOL

É muito comum o uso do Tramaldol para a enxaqueca em emergências, mas vale ressaltar que NÃO É ACONSELHÁVEL, pois não melhora a dor, muito pelo contrário, além de causar inúmeros efeitos colaterais como: náuseas, vômitos e sonolência excessiva.
Se possível, evite o uso.

MORFINA

Em segundo lugar, fica a morfina que possui a mesma ação do tramal, ou seja, não diminui a dor e ainda ajuda na piora das crises.

A morfina e o Tramadol fazem parte de uma classe de remédios chamada opiódes, os quais devem ser evitados pelos enxaquecosos, pois podem até melhorar sua dor naquele instante, mas a conta a pagar por isso é alta demais, a dor pode voltar duplicada (dor rebote).

Apesar de serem recomendados para muitas dores, os opiódes não são indicados para tratar a enxaqueca, sendo contraindicados em diversos consensos e publicações científicas.

Essas medicações, também pertencentes ao grupo dos opiódes, além de não serem boas opções para o tratamento da enxaqueca, possuem diversos efeitos colaterais, como sonolência, náuseas, constipação e grandes chances de gerar dependência com uso crônico.

Então lembre que enxaqueca não combina com opióides, que são ótimos analgésicos para dores oncológicas por exemplo.
Agora que você já sabe o que não tomar durante uma crise, procure um neurologista e faça um acompanhamento adequado, pois o melhor tratamento sempre será o preventivo!

Cefaleia tensional – provoca dores que dão a sensação de cabeça pesada, apertada ou pressionada. Geralmente é uma dor fraca ou moderada, não impede você de fazer suas atividades do dia a dia e não causa outros sintomas. As causas podem ser estresse, ansiedade e depressão e o tratamento geralmente é feito com medicamentos.

Cefaleia em salvas – é menos frequente e tem como sinal uma dor intensa, que aparece a noite, de um lado só ou em torno dos olhos. Pode durar poucos minutos ou horas. Algumas pessoas podem ficar com os olhos avermelhados e lacrimejando, congestão nasal e a pálpebra caída do lado que tem a dor. As causas podem ser problemas na região do cérebro conhecia como hipotálamo, responsável pelo controle da temperatura, hormônios e sono. O tratamento preventivo é feito com medicamentos, dependendo do tipo de crise que você tem.

Enxaqueca – é uma dor de cabeça crônica, que geralmente começa com uma dor latejante em um dos lados, que aumenta aos poucos. Além da dor, você pode sentir fotofobia (aversão a luz) e fonofobia (aversão ao som). Em alguns casos, ficar com a visão turva ou enxergar pontos luminosos pode indicar uma crise, que pode provocar náuseas e vômitos.

Muitas vezes a enxaqueca é causada por alterações hormonais, fazer refeições fora do horário normal, tomar muito café ou praticar muita atividade física. Mas para algumas pessoas, alguns tipos de alimentos, como queijos, chocolate, frutas cítricas, adoçante, alimentos gelados ou gordurosos podem causar crises de enxaqueca.

Como a enxaqueca tem um tempo de duração definido, entre quatro horas a três dias, geralmente o tratamento se resume a controlar os sintomas. Mas, quando se conhece o que desencadeia as crises, existe um controle maior e enxaquecas são prevenidas com medicamentos.

Ao invés de se automedicar ou diagnosticar, procure um médico! Até porque, muitas doenças têm a cefaleia como sintoma. E o melhor a se fazer é procurar orientação para descobrir se é só uma dor de cabeça mesmo ou se ela pode ser o sinal de outra condição de saúde.

Fonte: Pfizer

A relação dessas duas patologias é mais forte do que você pode imaginar.

Um dos maiores desafios de quem vive com a enxaqueca é saber lidar com a doença e principalmente quando ela é associada ao transtorno de ansiedade.

Quem tem enxaqueca, geralmente vive com a ansiedade, entretanto, o transtorno engatilha as dores de cabeça e facilita ainda mais a chegada da tão temida cefaleia.

A união dos dois problemas transforma tudo em um ciclo preocupante que afasta o paciente cada vez mais do tratamento de ambas as doenças. Para o tratamento da enxaqueca é necessário inicialmente cuidar do transtorno de ansiedade generalizada, pois conviver com essa antecipação doentia pelo futuro, não permite com que você busque cuidados ou simplemente acredite em alguma melhora.

A ansiedade como consequência da enxaqueca

É comum a enxaqueca começar a incomodar no início da adolescência, por volta dos 12 anos de idade, após menarca nas mulheres. Uma fase de descobertas e de muitas frustrações, cobranças com estudos, conflitos amorosos e relações desestruturadas.

A ansiedade logo chega junto, pois ela está diretamente ligada ao estresse excessivo, preocupações e mudanças repentinas.

A enxaqueca é uma doença crônica e incapacitante, as dores absurdas impedem os enxaquecosos de executar coisas simples, dessa forma, despertando medo da dor, pânico ao socializar, ansiedade e depressão.

Transtornos mentais naturalmente são gatilhos para muitos outros problemas, inclusive para enxaqueca. A mente estando debilitada, inúmeros problemas podem surgir.

Pacientes com enxaqueca têm 4 vezes mais chances de desenvolver o transtorno de ansiedade, pois as crises podem surgir em momentos inesperados, assim desencadeando um medo sufocante do futuro.

Por isso, pessoas com ansiedade possuem mais predisposição a também ter enxaqueca.

Tratamento

O estresse sempre vai fazer parte da nossa vida, o que pode ser feito é o auto conhecimento para melhor manejarmos nossos sentimentos e mudarmos nossos hábitos, só assim, os gatilhos poderão ser evitados.

Mas nunca esqueca, a procura por um médico é indispensável!

A qualquer sinal de anormalidade, por favor, procure um especialista, ok?